quarta-feira, 14 de agosto de 2019

Denise Moraes






Denise Moraes

Fragmentos da infância

Remota em seus fragmentos,
vivas lembranças.
No tempo,
…sinto a fragrância

Nas margens do rio,
pisava sobre as pedrinhas,
cortavam-me os pés, as pontiagudas.
Águas correntes que entoavam uma canção.

Daqueles encantos naturais…
ficaram as lembranças.
Ao pensar no futuro,
corta-me o coração.


A artista plástica Capixaba Denise Moraes  é natural de Vitória-ES.  Tem  formação superior em Letras – UFES, possuindo ainda vários cursos extracurriculares. Exerceu a profissão de bancária, professora na Rede Pública e Privada, e ministrou aulas de pintura em seu ateliê.
Iniciou sua carreira artística despretensiosa, brincando de pintura na adolescência. Posteriormente fez curso acadêmico clássico de pintura.           Revela traços de primitivismo romântico, segundo análise do historiador, urbanista e professor da UFES, Ernesto de Souza Pachito. Com certa dose de autodidatismo, a  artista experimenta materiais recicláveis, como pó-de-serra, areia, barro, usando como suporte colagem em MDF, lonas costuradas e outras que trazem inspiração para a pesquisa em tela, porcelana, parede, etc.  Ela busca ainda, pela pesquisa, novos suportes para a arte, fugindo do academicismo clássico na tela plana, análise do artista plástico  Antonio MarMel, e ainda do professor de pintura acadêmica, o paranaense Alexandre Shuck, que em sua análise observa que a pintora também revela traços do expressionismo.Denise Moraes, artista plástica contemporânea, revela-se como uma admiradora de vários estilos de pintura, não se prendendo a nenhum deles de forma mais fixa constante.   A artista capixaba transita entre vários estilos e várias formas expressivas, o que  acaba de lhe conferir, além de um estilo totalmente subjetivo.  Denise é, por ser uma mescla de todas as escolas que a antecederam, uma  genuína artista pós-moderna, aquela que revaloriza as formas de expressão do passado dando a elas novas “caras” no presente momento.Denise passeia habilmente pelos estilos. Ora se mostra romântica.  Ora se mostra uma autêntica realista. Se num momento se expressa dentro do mais nítido impressionismo, noutro opta por dar vazão a seu lado expressionista.   Análise do historiador carioca Marcelo Mourão, poeta, escritor, professor de História e Literatura com especialização em Língua Portuguesa.Em alguns quadros consegue misturar impressionismo, romantismo e surrealismo numa só tacada.Além de naturezas mortas, Denise pinta lindamente telas com paisagens.   Pinturas de  paisagens são pinturas cujos temas são inspirados em paisagens vistas na própria natureza.   Um pôr do sol ou a vista de uma colina podem ser alvos do pintor que o refaz em suas telas.  Vários artistas se utilizaram desta temática para se expressarem como por exemplo, Claude Monet.
“Considero que o objetivo da arte não é apenas uma tela em branco – morta sobre a qual se projetam complexos e afetos, emoções e idéias subjetivas”, declara a artista, lembrando que Bachelard diz que “dê qualidade às coisas, dê do fundo do seu coração o poder justo aos seres agentes, e o universo se resplandecerá”.
Inspirada em Jung e Hillman, Denise considera a imagem como uma aparição, numa epifania da alma que tem algo a apresentar, sem a necessidade de referentes que a representem.  A artista participou de mais de 140 exposições individuais e coletivas em galerias, espaços culturais, entre elas FAFI, projeto TAMAR, Feira do Verde – Meio Ambiente, shoppings, teatro, CST, PETROBRAS, IV Mostra de Vitória em Arte do SINDIAPPES, Aliança Francesa, Yázigi – Praia do Canto, Ministério da Fazenda, UFES, Assembléia Legislativa – Vitória/ES, Anuário da UFF de 2011, Salão de Artes de Araruama – RJ, Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Galeão, FLICA,  artista destaque- pintando ao vivo no Café com Letras, Alphaville Jacuy.  O projeto da Exposição Itinerante sobre o Meio Ambiente, foi selecionado pela Secretaria de Cultura de São Paulo, ficou exposta em Registro/SP, e ainda expõe em vários espaços de Vitória, Município do Espírito Santo e vários estados do Brasil. Suas obras ainda integram acervos da Assembléia Legislativa – Vitória, Restaurante São Pedro, tombado Patrimônio Histórico, Centro Educacional Leonardo da Vinci, Correios, UFES, PETROBRAS, Museu Solar Monjardim.É integrante do GRUPO ÁGUA  e  participou do GRUPO A AMAZÔNIA É NOSSA. Participa de sites virtuais de exposição de suas obras e poesias na internet.  É ilustradora,  capista e ilustradora. Tem poesias publicadas em Coletânea Infantis, Antologias da Academia Feminina Espírito-Santense de Letras-AFESL, E-BOOKS, “Poemas à Flor da Pele” Cultura Revista, Jornal impresso AS ACADÊMICAS, Blocos online – “Poesias para Mudar o Mundo“, na Revista Prisma Cultural e “Eternos Elos” do autor Selmo Vasconcellos, participou da Coletiva da Poesia Do Dia do Livro, em Vila do Conde – Portugal, do Varal de Poesias no “Parque das Mangabeiras” em Belo Horizonte.  É acadêmica correspondente da AFESL e membro da Academia Momento Lítero Cultural, ocupando a cadeira nº 74, como Benemérito, Colaboradora da Revista Prisma Cultural-RO. É curadora de Artes. Foi-lhe conferido Menção Honrosa em artes plásticas pela Câmara Municipal de Vitória/ES, e São José dos Campos/SP.  A poesia e Crônica “A Heroína Capixaba Maria Ortiz”, conferiu-lhe medalha de Ouro e primeiro lugar no Concurso de poesias na ” Galeria Café com Arte”,  em Macaé-RJ, 1º lugar Menção Honrosa pela AFEMIL, Concurso Helena Morley,  poemas selecionados para as Antologias “João Bananeira,”  Editora FTD e ” Além do Céu, Além do Mar” em Portugal.A artista sempre difundi arte e literatura em suas mostras, convidando amigos poetas da AFESL, de vários estados do Brasil, e da Europa. Denise utiliza a arte não somente para homenagear, mas também para denunciar e alertar. A natureza está sempre presente em sua obra, transportando seus sentimentos para a tela.

“Entendo que a imagem não é uma pintura, o desenho, a escultura tomados isolada e literalmente, mas, a concretude dessas formas, e a possibilidade de manejá-las, e de interagir concretamente com elas, que permite o exercício imaginal nos termos aqui discutido”.



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